Escrever é um vicio terrível, daqueles quase incontroláveis, químicos. Dá trabalho, cansa, me faz dormir tarde demais (porque quando começo só consigo parar quando sinto que o texto, como uma gestalt, se fechou…). Mas eu não sei viver sem… Porque é também a minha forma de digerir e processar as coisas. Sempre que o cotidianoContinuar lendo “um ano depois…”
Arquivos mensais:junho 2013
o corpo nada sabe das palavrasele apenas vive… como cheiro, gesto, carnemas escrevo versos para criar realidadevive, no corpo, a palavra poéticaganha a palavra, no corpo, métrica VanessaeVanessa
novos poemas encontrados num caderno
o estranhamento no espelho nessa hora da madrugada não houve sono posso dizer que não houve nada estranhamento de si… do meu rosto, que tanto reconheço no silêncio e houve tanto barulho essa madrugada… mas que importa o sono que importa o sonho… queria eu apenas o gosto da calmaria no meu coração sem donoContinuar lendo “novos poemas encontrados num caderno”
filosofia corpórea
eis um mistério: o que fazer com o corpoe aquilo que nele nasceapós um acontecimento o que fazer com o que fica dentro parte nova a integrar o corpo,que, pelo que se deu, torna-se novo o que fazer com o corpo…tomado ele de torpor e encantamento?e de tudo que vem com o tempo o queContinuar lendo “filosofia corpórea”
blackbird
que nome eu poderia ter agora?pergunto a mim mesmadiante do espelho das horas eu…uma gama de histórias ainda não contadaspoemas guardados que precisam de tempopara serem revelados a multiplicidade do desejoe um desejo que confunde o que eu vejoa ansiedade de querer, com os braços,envolver o mundo inteiro mas é que agora,caiu a moldurachegou aContinuar lendo “blackbird”
canto
fez-se calmaminha ansiedadeque à luz palpitava fez-se silêncio, então,o que sedento pulsava fez-se o tempo…aquietou-se o campoesplendorou-se o vento atravessei flores a tomar chá de jasmim, pensava e busquei, dentro de mim,a harmonia do mundo que dançava atravessei pilotis senti aquecer, o sol, meu rosto e cruzei imensas estradasencarando o meu desgosto havia fome, frio,Continuar lendo “canto”
aceito
aceitodica de bolofilosofia pra queimar o miolouma taça de vinhoum caliente carinhobanho de chuvamesmo no frioloucura na ruapoesia sem rimaaceito um doceum sonhoum sentidouma música novaum novo vestidoflores, festas, cervejasgente que amacomida na mesa projeto de vidaprojeto de um diacriança na praçadomingo preguiça aceito tristezapra lembrar da alegriamas aceito alegriapra ganhar o dia aceitonesse frio,Continuar lendo “aceito”