Orquestra inovadora, da qual participei da fundação junto aos músicos Felipe Prazeres, Ivan Zandonade e Eduardo Pereira, no Rio de Janeiro, inaugurou sua vida na internet com um videoclipe do Verão de Vivaldi. O caminho da Johann (como é carinhosamente conhecida) seguiu com uma sequência de videoclipes do repertório de orquestra de câmara, desde a música barroca à romântica e nacional, com pitadas de humor e roteiros elaborados. A estreia nos palcos aconteceu em 2015 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com lotação máxima, em um espetáculo que unia música e teatro, tendência que seguiu com o grupo em outras produções. A orquestra se destaca como uma das melhores orquestras de câmara do país e em seus primeiros anos teve expressiva presença nos principais canais de mídia brasileiros.

Desde a participação em saraus e outros eventos artísticos, e a criação do Eu Sarau junto ao músico e ator Márcio Sanchez, até a participação interpretando poesia em concertos de orquestras de câmara e sinfônicas, participei de mais de 10 espetáculos de poesia falada entre 2016 e 2019, com foco em poemas autorais e de poetas do Brasil e de Portugal.

Em 2016, enquanto as Olimpíadas no Rio começavam, eu mergulhava na elaboração de um roteiro para monólogo a partir da obra-prima de Guimarães Rosa. Foi um desafio incrível, não apenas pela escrita, que exigiu de mim um mergulho ainda mais profundo no livro, mas porque atuei como Riobaldo naquele mesmo ano, sob a direção de Márcio Sanchez, que ainda criou uma trilha sonora especial para a cena e atuou tocando ao vivo. O projeto foi realizado sob encomenda do Festival Interculturalidades, da Universidade Federal Fluminense, e gerou ainda um ensaio meu sobre a arte de adaptar um texto literário clássico para a cena, publicado no livro do projeto, lançado pela Editora da UFF.