visão

Mora onde a santidade?
Essa que não tem rosto
De uma santa que brilha por cima
Dos templos tão outros dos antigos
Que já não sei para que existem
Santa?
Demônio?
Tanto faz
São a mesma coisa
O que nos faz tão diferentes?
O que nos faz tão iguais?
Porque o silêncio e a luz insistem em representar a divindade?
Eu poderia ser qualquer santo
Entidade, arquétipo
Que eu saiba não há graduação pra isso
Que eu saiba ainda não inventaram distintivo
Que marque a chegada do divino
Porque ele está em toda parte
Até no que chamam de pecado
Minha intuição cada vez falha menos
Nunca falhou
E quase não dei atenção
Porque de fato eu funciono como um alerta
E me surpreendo sempre porque acerto
Eu sei, sempre sei
A santa me falou
Me disse que ali era só eu mesma e nada mais
Ela foi o sinal
Mas quem no nosso mundo tão precário
Sabe ouvir o que não se escuta?
Eu?
Estou aprendendo.
Eu ouvi

Autor: Vanessa Rocha

Escritora ensaísta, de ficção e de poesia. Palestrante, pesquisadora e professora. Doutoranda em Ciência da Religião, especialista em Psicologia Analítica, Mestra em Comunicação e Cultura, Produtora Cultural e Artística. Quatro livros publicados e contando...

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