estranha palavra
felicidade (tente soletrá-la)
que só o tempo
(para alguns?)
é capaz de fazer
b r o t a R
não posso dizer
que hoje sei
dessa tal
F-E-L-I-C-I-D-A-D-E
uma curiosa cidade
difícil de habitar
tão distante…
não se costuma chegar lá
(estrada looo o o o oo o n g a
e acidentada)
mas algo, em mim, FALA
e algo em mim
e algo em mim
é capaz, hoje, de escutar!
não sei se isto significa
que, finalmente,
depois de tanto espanto
eu descobri o que é
AMAR!
algumas palavras
anunciam na placa: perigo!
mas se sequer me importo
– visto a novidade que é a falta do espanto –
– visto a novidade que é a falta do espanto –
então, talvez,
SEJA!
perigo só é perigo
quando a gente, assim
deseja… (perigo!)
porque autômatos
repetimos o que já
sabemos,
pois VEJA
perigo só é perigo
quando não há chance
de tudo ser
diferente
e HOJE eu sei
(EU SEI!)
há alguma coisa em mim que nunca houve…
(guarde isto!)
(guarde isto!)
e um silêncio muito longo
parece pairar sobre o meu sono
(pausa)
talvez seja um
AMOR MAIOR
AMOR MAIOR
pela vida que é tão GRANDE
um soneto ainda a ser escrito
mas já esboçado no corpo
onde mal cabe tudo o que
sinto (sintosintosintosintosintosintosinto…)
e talvez seja a descoberta
dessa tal feliz-cidade
não sem DOR
é verdade (perigo?)
a dor
que
e s c o r r eeeeeee…
de se olhar no espelho
não
sem
dor
nunca
s e m…
desvelamento do véu de Maya
amém!
então, posso dizer
que FELIZ
que FELIZ
ESTOU
e o que brotou dentro de mim
É MAIS
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSS
muito mais
do que EU poderia
supor